No tempo de Jeremias, os profetas de Jerusalém orientavam o rei e a nação de Judá de modos tão diferentes que uma grande confusão se instalou. Não que a pluralidade de porta-vozes de Deus fosse em si negativa. Pelo contrário, ela proporcionava um quadro, potencialmente, rico e completo do que Deus desejava comunicar ao povo. Além disso, o fato de um profeta falar determinada palavra, e outro, palavra contrária não era incompatível com a revelação. Se algo nos é ensinado pela estrutura interna da Bíblia, é que esse grau de variação dos oráculos é inerente à palavra de Deus e não a anula.
Porém, onde a diversidade de profecias conduz a resultados contrários aos princípios da revelação, a situação muda completamente. Deuteronômio adverte: “O profeta que presumir de falar alguma palavra em meu nome, que eu lhe não mandei falar, ou o que falar em nome de outros deuses, esse profeta será morto” (Dt 18:20).
Nesse verso, dois casos são abordados: o do profeta que fala algo proveniente da sua própria imaginação como se fosse a palavra de Deus e o do que fala por outros deuses. O último caso é fácil de identificar, pois envolve um profeta idólatra. Da primeira à última página da Bíblia, uma lição invariável é ministrada: Deus condena a idolatria. Portanto, o profeta que serve outros deuses e fala em nome deles deve ser condenado.
Mas, e o outro caso? Que significa um genuíno profeta de Deus falar ao povo algo que não lhe foi transmitido do alto? O texto citado formula essa questão e a responde: “Se disseres no teu coração: Como conhecerei a palavra que o Senhor não falou? Sabe que quando esse profeta falar, em nome do Senhor, e a palavra dele se não cumprir nem suceder como profetizou, esta é a palavra que o Senhor não disse; com soberba a falou o tal profeta; não tenhas temor dele” (Dt 18:21-22).
O critério para se diferenciar a palavra que provém de Deus da que não provém é a realização do que foi profetizado. Porém, um profeta pode prever o futuro ou não o prever explicitamente. Vimos como lidar com a palavra que envolve predição, mas e quando a profecia nada predisser? Como devemos proceder nesse caso?
Deuteronômio 18:22 não admite semelhante hipótese. Quer afirmar, ao contrário, que a palavra de um profeta de Deus é sempre predição do futuro. Isso porque ela não está despojada da característica de mandamento comumente associada à Torá (Pentateuco). Assim como a Torá é um feixe de mandamentos, os oráculos dos profetas também o são. O que os distingue é a condição de mandamentos especiais, válidos para situações históricas específicas e determinadas. E, como mandamentos válidos para tais situações, toda palavra profética inclui previsões do que ocorrerá se ela for ou não for cumprida.
No tempo de Jeremias, por exemplo, os babilônios emergiram como grande poder político e militar. O exército de seu rei, Nabucodonosor II, subjugou diversos povos e ameaçava avançar sobre Judá. Nesse contexto, parte dos profetas de Jerusalém passou a afirmar, em nome de Iahweh, que os judeus deviam enfrentar os babilônios, pois Deus os protegeria, e nada de mal lhes sobreviria. Porém, Jeremias pregou que Nabucodonosor tinha sido levantado pelo próprio Deus e era um instrumento dele para corrigir Judá. Cabia ao povo aceitar a correção divina. Se isso não ocorresse, a resistência a Nabucodonosor desgraçaria o povo e, no limite, colocaria em risco a própria existência da nação. Tanto a palavra de uns como a de outros profetas, portanto, formulavam claras predições.
De acordo com Deuteronômio, a moldagem da situação histórica ao oráculo de um profeta é o que revela, em última análise, que a sua palavra provém de Deus. E, se a palavra de Deus é assim definida, concluímos que não é necessária a intervenção de uma autoridade como a do Magistério da Igreja para decidir qual, dentre as palavras que apontam caminhos diferentes para o povo, provém de Deus.
Um princípio revelado no Antigo Testamento nunca se altera debaixo do Novo. Mudanças podem ocorrer nas circunstâncias históricas, nos ritos, modos, práticas e até nos costumes, porém não num princípio revelado. Sob esse aspecto, a natureza da revelação é como a de Deus. Não está sujeita a mudanças. É a mesma, ontem, hoje e para sempre. A revelação é um conjunto de palavras de Deus sobre uma situação histórica. Mas não é só descrição dessa situação. Ela envolve também uma exortação ou, às vezes, um mandamento a respeito de como os que temem a Deus devem portar-se. Essa é a palavra que, insisto, constitui a natureza íntima e essencial da igreja. Toda outra natureza é segunda em relação a esta.
A palavra de Deus é, por isso, um processo que, para os homens, só se define a posteriori, ou seja, depois que os fatos profetizados acontecem ou não. Necessário é esperar pelos fatos para se conhecer a palavra. E, como os fatos definem o que é a palavra de Deus, eles também estão sujeitos à interpretação. Tanto os oráculos como os fatos em que eles se cumprem necessitam ser interpretados.
Para a Igreja Católica, sobretudo nos últimos dois séculos, essa interpretação principia com os teólogos, mas só é concluída pela hierarquia eclesiástica. Apenas o Magistério, a hierarquia enquanto incumbida do ensino, pode definir qual interpretação é correta ou melhor. Porém, essa é apenas uma maneira de ver a grave e central questão da palavra de Deus.
Em parte nenhuma das Escrituras, vemos a interpretação da palavra necessariamente sujeita a determinados líderes. A começar pelos próprios profetas, que dentre todos os israelitas eram os que tinham relação mais próxima com a palavra. Nem aos profetas cabia decidir, em instância final, que interpretação da palavra de Deus era correta ou melhor.
“Os lábios do sacerdote” também deviam “guardar o conhecimento e da sua boca deviam os homens procurar a instrução, porque ele é mensageiro do Senhor dos Exércitos” (Ml 2:7). Porém, que significa guardar o conhecimento a não ser tomá-lo pronto de alguma parte? E que é ser mensageiro de Deus, senão exercer função semelhante à de profeta? Mas, se o sacerdote se equipara ao profeta, não é mais do que ele. Ou, para dizê-lo mais simplesmente, o sacerdote é também profeta. Por isso, quando Caifás declarou “Não considerais que vos convém que morra um só homem pelo povo, e que não venha a perecer toda a nação? [...] não disse isso de si mesmo; mas, sendo sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus estava para morrer pela nação” (Jo 11:50-51).
Do mesmo modo, o rei de Israel, ao se assentar no seu trono, devia "escrever para si um traslado desta lei num livro, do que está diante dos levitas sacerdotes. E o terá consigo, e nele lerá todos os dias da sua vida” (Dt 17:18-19). E ao restante do povo foi dito algo semelhante: “Estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te e ao levantar-te” (Dt 6:6-7). Em suma, todos tinham igual acesso à palavra de Deus, igual dever de meditá-la e igual liberdade de a interpretar.
O igual acesso e a igual liberdade de interpretação da palavra são o cerne do que se convencionou chamar sacerdócio universal. Ambos estão presentes no Antigo Testamento. Quando Deus disse ao povo “Vós me sereis reino de sacerdotes” (Êx 19:6), imediatamente à saída do Egito, não só revelou sua intenção primeira e original, mas se comprometeu a nunca abandonar esse princípio, como de fato não o abandonou. O sacerdócio universal não caiu em desuso, não foi perdido, mas adotado e explicado, na lei, por meio dos mandamentos para que os reis, os profetas, os sacerdotes e todo o povo cultivassem as palavras que Deus lhes entregara.
Não houve lacuna na revelação e na prática desse sacerdócio, entre Êxodo 19 e o Novo Testamento, quando Cristo “nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai” (Ap 1:6). O sacerdócio universal ou de todos os membros do povo de Deus é um princípio revelado e, como tal, permanece invariável. Mais pessoas foram chamadas a integrá-lo, no Novo Testamento, é verdade. Por isso se diz que Cristo as constituiu sacerdotes. Porém, o princípio, em si mesmo, sempre esteve presente.
As pessoas só têm dificuldade de encontrar o sacerdócio universal, no Antigo Testamento, porque o procuram onde não está. Procuram-no na administração dos ritos, dos sacrifícios, dos atos exteriores do culto. Em nada disso, há o sacerdócio universal. Porém, encontramo-lo inteiro, na questão do trato com a palavra de Deus. E exatamente da mesma maneira e com as mesmas características o achamos, no Novo Testamento.
Mas, ao lado desse sacerdócio, tanto no Antigo como no Novo Testamento, achamos outro, que podemos denominar particular. Coube aos levitas e, dentre eles, de modo especial, à Casa de Arão exercer esse segundo sacerdócio. A atribuição mais importante dos levitas nunca foi oferecer sacrifícios ou cumprir as ordenanças do culto ritual. Deus disse: “Misericórdia quero, e não sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos” (Os 6:6). Porém, ele nunca disse que não se importava se o sacerdote “guardava o conhecimento”. Antes acusou os da época de Malaquias de não o fazerem: “Os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento [...] Mas vós vos tendes desviado do caminho, e, por vossa instrução, tendes feito tropeçar a muitos; violastes a aliança de Levi, diz o Senhor dos Exércitos” (Ml 2:7-8). Isso confirma que o centro do sacerdócio era o cultivo da palavra de Deus, não o culto ritual.
Mas, apesar dos erros cometidos pelos levitas, não podemos afirmar que o seu sacerdócio tenha inibido o exercício do universal. Isso não ocorreu, em Israel. Observamos a decadência generalizada do povo, dos sacerdotes e de parte dos profetas, em relação à prática de cultivar a palavra de Deus, mas não vemos um sacerdócio inibir o outro. O mesmo acontece, em linhas gerais, sob o Novo Testamento. Assim como não é correto pensar que Israel recebeu o sacerdócio universal e o abandonou, quando o dos levítas foi instituído, não é apropriado afirmar que Cristo reintroduziu o sacerdócio universal, porém os cristãos criaram uma réplica do levítico, por meio da qual anularam o primeiro. Nada disso parece exato.
A inibição de um sacerdócio pelo outro só ocorre quando se instala um regime, que podemos denominar hiperclerical. A diferença entre o clericalismo e o hiperclericalismo não é apenas de grau, mas também de natureza. O aumento do grau de distinção clerical importa uma mutação no caráter íntimo do regime. Do papel ordenado por Deus, os clérigos passam a exercer um outro, não ordenado por ele. A principal característica dessa passagem é o assenhoreamento do ministério da palavra por parte dos clérigos.
No Antigo Testamento, a palavra de Deus devia ser conservada pelos sacerdotes da tribo de Levi, mas a parte mais importante do trato com ela cabia aos profetas. As Sagradas Escrituras não são o registro da palavra sacerdotal, mas da que os profetas pronunciaram. Pouquíssimas palavras de sacerdotes foram conservadas na Bíblia. E precisamos reconhecer que os profetas foram os leigos do Antigo Testamento.
Devemos a Lutero a retomada do tema do sacerdócio universal, após séculos de quase esquecimento. As obras em que ele primeiro tratou desse tema são o Discurso à nobreza da nação alemã e O cativeiro babilônico da igreja.
Mas gostaria de transcrever um trecho de outra obra, na qual ele trata
do sacerdócio de todos os cristãos em termos mais práticos. Diz o
reformador:
"Entre cristãos não deve nem pode haver autoridade
alguma, pois cada qual está submisso ao outro, como diz Paulo em Rm 12
[Fp 2.3]: 'Cada qual considere o outro seu superior', e 1 Pe 5.5: 'Sede
todos submissos uns aos outros'. Isso é o que também Cristo quer:
'Quando fores convidado para o casamento, toma o último lugar' - Lc
14.10. Entre os cristãos não há superior a não ser o próprio Cristo"
(LUTERO, Martinho. Da autoridade secular, até que ponto se lhe deve obediência. In Martinho Lutero - obras selecionadas. São Leopoldo: Sinodal/Concórdia, 1996. p. 105).
E continua:
"Que
são, pois, os sacerdotes e bispos? Resposta: Seu regime não é de
autoridade ou poder, mas serviço e função. Pois não são superiores e
melhores que outros cristãos. Por isso não devem impor lei ou mandamento
a outros sem a vontade e consentimento deles. Seu governo não é outra
coisa que pregar a palavra de Deus e com ela conduzir os cristãos a
vencer a heresia. Pois, como já disse, os cristãos não podem ser
governados a não ser com a palavra de Deus" (idem. p. 106).
Não quero, de maneira alguma, afirmar que a parte mais importante do ministério da palavra deva caber exclusivamente aos leigos. Mas, se o exemplo dos profetas constituir um princípio, os clérigos só têm parte nesse núcleo ministerial na medida em que são profetas, portanto leigos. Por tudo isso, a existência de sacerdotes, no Antigo Testamento, e a de clérigos, no tempo atual, não pode ser condenada. É uma situação eclesiástica normal. Porém, a concentração do ministério da palavra nas mãos deles não há de ser admitida.
O primeiro passo para que isso ocorra, nos dias de hoje, é a abolição do livre exame das Escrituras. Por meio desse passo, os líderes confiscam o poder-dever legítimo que todo cristão possui de ser um cultor da palavra de Deus, de a interpretar e propagar. Esse poder-dever está implícito no “Ide” pronunciado por Jesus: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as cousas que vos tenho ordenado” (Mt 28:19-20).
Se não podem interpretar a palavra, como os cristãos a podem pregar? Devem pregar o que não conhecem, pois não o interpretam? Ou pregar o que outros conhecem por eles? Que estranho mandamento é esse? Se assim se deve realmente entender a grande comissão, Jesus terá dito: “Ide, pregai o que ainda não conheceis, pois a autoridade entre vós ainda não o estabeleceu”. Em que mandamento vazio a grande comissão se transforma, quando entendida dessa maneira!
Muitos reconhecem, no mandamento de evangelizar, a razão de ser da fé cristã, e estão absolutamente certos. No entanto, poucos extraem dele a consequência do sacerdócio universal. No centro da grande comissão, está o discipulado: “ensinando-os a guardar todas as cousas que vos tenho ordenado”. Portanto, ela é muito mais do que uma mensagem sobre a entrada no céu ou no inferno. É toda uma definição do que é o céu, em que ele consiste e como será um dia unido à terra.
Os que levam os outros a guardar todas as coisas que Cristo ensinou estão autorizados a desprezá-las? Podem considerar ignóbil o que ensinam os outros a considerar elevado? Podem ser privados do direito de entender livremente essas coisas? Se não podem, a grande comissão é o trato direto de todos os crentes com “todas as coisas que vos tenho ensinado”. É a busca e o compartilhamento delas, sob a disciplina que a palavra discipulado evoca.
Vemos, assim, que o sacerdócio universal emana do livre exame. Ele não é algo leve, muito menos leviano. Não consiste em ouvir as últimas notícias sobre a vida de quem frequenta as igrejas. É um trato antes de tudo sério e reverencial com os tesouros da palavra de Deus. Todos são sacerdotes, porque têm o poder e o dever de realizar esse trato. De interpretar a palavra e pregá-la. E o interpretar a palavra, publicamente, já é um pregar. Ele está implicado na promessa “Serão todos ensinados por Deus” (Is 54:13; Jo 6:45). “Ensinados por Deus” quer dizer “somente por Deus”. Deus não é tão Deus, quando necessita de subsídios de outros para ensinar. Claro que Jesus também disse aos discípulos: “ensinando-as [vós]”. Porém, isso significa que os apóstolos e demais cristãos seriam instrumentos do ensinar de Deus e nada mais.
No entanto, a ordem de coisas do sacerdócio universal não pode ser tomada como ocasião para o orgulho secreto ou a arrogância aberta. Cada cristão interpretar a palavra que, no tempo de Moisés, foi gravada em pedra não pode ser tomado como motivo de desvanecimento. Paulo não disse que o Espírito de Deus inscreve as palavras de Cristo em tábuas de pedra, mas de carne, ou seja, no coração (2 Co 3:3). Essa carne não é literal, não é carne em sentido objetivo, mas subjetivo. É um sentir-se carne, em oposição ao sentir-se pedra. É um sentir-se frágil e um saber-se transitório, em oposição ao sentir-se forte e ao se entender indestrutível.
E, para que a soberba não tome o coração humano, o próprio Cristo, Senhor, subordinou esse grande ministério a um discipulado. Para ser arauto da palavra de Deus, é preciso se fazer discípulo. Mas que é ser discípulo? Acaso não é ser aprendiz e não mestre? Não é ser ouvinte, mais do que pregador? Possuir a palavra do Mestre, mas querer possuí-la ainda mais do que a possuir efetivamente? Por tudo isso, o primeiro nome pelo qual os cristãos se tornaram conhecidos, na História, foi o de discípulos.
Mas é preciso dizê-lo sem rodeios: ser discípulo não é coisa fácil. “Quem quiser vir após mim a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me” (Mt 16:24). Desde que Jesus ascendeu ao Pai, segui-lo passou a ser o mesmo que seguir sua palavra, como o Espírito a ensina ao coração. Porém, a condição e o preço do discipulado continuam os mesmos: negar-se, tomar a cruz e andar pelas ruas com ela, em direção ao lugar em que o grão de trigo, caindo na terra, dá muito fruto. Essa palavra mostra bem que o adversário principal do discipulado não é o que o homem faz ou sofre exteriormente, mas o seu eu. O que ele faz ou sofre não é suficiente para cegar o seu coração, porém o amor ilimitado a si mesmo o é.
A figura do homem que leva a sua cruz é a de um condenado, não a de um morto. O eu não precisa exatamente morrer. Precisa sentir-se morto. Se morresse, ele não poderia seguir a Cristo, o que esvaziaria o mandamento "Quem quiser vir após mim". Como um morto poderia ir após Cristo? Então, que morramos não é o que Cristo pede. Ele pede que a existência do seu discípulo, nas palavras adotadas pelos filósofos, seja um ser-para-a-morte. Até mesmo o ser-para-a-morte mais consumado e pleno.
É impossível que, nesse discipulado, o livre exame assuma a forma de uma revelação em cada esquina. Se não é um trato leviano com as coisas de Deus, o livre exame não pode resultar numa luta de todos contra todos, a pretexto da interpretação da Bíblia, ou numa grande vala comum em que se depositam, com idêntica honra, as boas e as péssimas interpretações. Esse seria um livre exame sem discipulado. Mas o de Cristo é exatamente um discipulado.